sábado, 23 de janeiro de 2010

Os Hadza

Sou uma daquelas tótós, que lê alguns artigos, e que gosta de refelectir sobre eles. Esta semana li um documentário, da National Geographic, sobre o povo Hadza, achei bastante interessante... Aqui fica um pequeno resumo de como é a vida destes povos...




Os Hadza são caçadores-recolectores, que vivem no Norte da Tanzânia, situados nas margens do lago Eyasi.
A unidade de tempo, não é utilizada nesta comunidade, como tal, ignoram as horas, os dias, as semanas, os meses, os anos... Testes genéticos revelam que podem representar uma das raízes primitivas da árvore genealógica humana (com mais de cem mil anos de idade), daí despertarem bastante interesse por parte dos antropólogos. Há mesmo, quem os chame de "fósseis vivos". Não possuem agricultura, gado ou "abrigos permanentes".
Os Hadza não entram em guerras, não são ameaçados por surtos infecciosos, e não passam por crises de fome. A sua alimentação, chega mesmo, a ser considerada a mais estável e variada dos povos do mundo. Segundo alguns "estudiosos", o pior erro da história humana foi a "adopção da agricultua", que trouxe um acréscimo de epidemias, doenças infecciosas, estraficação social, crises intermitentes de fome e guerra em grande escala.
Agrupam-se em acampamentos, sendo que cada um, não excede trinta pessoas. Dormem ao relento, enrolados numa manta fina, ao lado de uma fogueira, que estão dispostas em semi-circulo.
Contrariamente, ao resto dos povos do mundo, na sua sua cultura não existe misticismo, espiritos, reflexões sobre o desconhecido. Não têm preocupações, vivem intensamente o presente, sem se preocuparem com o amanhã. Não são sentimentais, não prolongam despedidas, se algum deles morrer, limitam-se a fazer um buraco, e a depositar o corpo lá dentro, afastando-se de seguida, sem qualquer tipo de sentimentos.


Algumas curiosidades:
  • Os quatro bens que todos os Hadza possuem são um arco, algumas flechas, uma faca e um cachimbo.

  • Os homens dizem que preferem que as mulheres não tomem banho, segundo estes, quantos menos banhos elas tomarem, mais atraentes são.
  • Os homens Hadza não se podem casar enquanto nao caçarem cinco babuínos.

  • Quando um casal dorme junto da mesma fogueira durante algum tempo, estão casados.
  • Praticam monogamia em série, trocando de esposos de alguns em alguns anos.
  • Os adultos fazem golpes no rosto das crianças, para impedir o choro, as lágrimas ao correrem sobre as feridas arde, assim, as crianças param de chorar para diminuir a dor.

Segundo Michael Finkel as duas semanas que passou com este povo, "...tornaram-me mais calmo, mais sintonizado com o presente, mais auto-suficiente, um pouco mais corajoso e atenuaram a minha pressa constante... o tempo que passei com os Hadza fez-me mais feliz..."

Acho que todos nós deviamos ter uma experiência destas... tenho a certeza que passariamos a dar mais valor á vida... E a pergunta que eu faço: serão eles mais felizes??? Livres de sentimentos, de preocupações, de bens, de riqueza...

2 comentários:

Anónimo disse...

" está há muito tempo á minha espera?.... apenas há alguns dias" hehe, curti o artigo da national geografic... e a parte em k ele diz k as patas do babuino são um cadito esponjosas e nao conseguia mastiga-las!!! lololol
beijo fi

Maravilhas disse...

Sim Fi também gostei dessas partes... Mas a melhor é mesmo: "quanto menos as mulheres tomarem banho, mais atraentes elas ficam" ;P